A “GERAÇÃO DO MOTU PRÓPRIO”

ESTUDO SOBRE A GERAÇÃO DE COMPOSITORES QUE SE DEDICARAM À MÚSICA SACRA ENTRE OS ANOS DE 1903, DATA DA PUBLICAÇÃO DO MOTU PRÓPRIO “TRA LE SOLLICITUDINI” DE SÃO PIO X, E O CONCILIO VATICANO II, DECADA DE 60′ DO SÉCULO XX, COM ESPECIAL INCIDÊNCIA NOS COMPOSITORES ESPANHÓIS PELA RELEVÂNCIA DO SEU TRABALHO À VOLTA DO P. NEMÉSIO OTAÑO S. J. (2023)

Segundo o compositor e musicólogo espanhol Tomás Marco, esta geração de compositores “caracterizou-se por utilizar um estilo que assenta as suas bases na tradição gregoriana e ocasionalmente na música popular, por meio da aplicação das técnicas de composição renascentista e barrocas e uma forma que, dimanando da própria liturgia, aceita alguns elementos próprios da música do séc. XIX”. Pretende-se, desta forma, contrariar as orientações que vinha seguindo a música sacra nos finais do mesmo século, profundamente influenciada pela ópera e pela invasão na generalidade dos templos de um quase escandaloso amadorismo. Esta situação é fruto, afinal, de um conceito romântico quer da música quer da religião que haveria de afectar e infectar sobremaneira a prática musical relacionada com a liturgia católica.


Similar Posts