Música Litúrgica para Banda e Coro

ARTIGO DE REFLEXÃO SOBRE ESTE TEMA ABUNDANTEMENTE TRATADO DO PONTO DE VISTA DA COMPOSIÇÃO (2022)

Se quisermos fazer um breve “excursus” acerca da presença de instrumentos musicais, particularmente os instrumentos de sopro, na liturgia, poderemos remontar à liturgia judaica do Templo de Jerusalém, testemunhada quer pelos textos bíblicos do Livros das Crónicas (1 Cron 13 e 16 e 2Cron 7, 3 e outros), quer sobretudo pelo Salmo 150 que nos apresenta um elenco orquestral praticamente completo ou outros com referências a um ou outro instrumento, como o Salmo 80. Estes salmos referem a execução de instrumentos como a Flauta (Ugav), uma espécie de Oboé (Halil) ou a Trombeta feita de chifre de carneiro (Shofar) cujo som  particularmente estridente não acompanhava o canto. Era habitual a utilização de instrumentos, nomeadamente tocados por Sacerdotes (Instrumentos de Metal, com relevo para as Trombetas de prata) e Levitas (Instrumentos de Corda: Harpas e Cítaras) que poderiam chegar às centenas nos grandes acontecimentos. Tendo em conta os estudos da cultura judaica, o canto era habitualmente acompanhado apenas por instrumentos de corda (harpas, cítaras, liras, saltérios), sendo os instrumentos de metal utilizados nas procissões de entrada e, eventualmente, como prolongamento do som das vozes.

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