P. José Pedro Martins (1942-1924)
O PADRE JOSÉ PEDRO MARTINS faleceu aos 82 anos de idade na madrugada desta sexta-feira, por volta das 04h30, no lar do Centro Paroquial de Santa Bárbara de Nexe, a Diocese do Algarve. Nasceu a 26 de Outubro de 1942, na freguesia de São Sebastião de Lagos, foi ordenado sacerdote no dia 29 de junho de 1970, foi vigário-geral da Diocese do Algarve, foi nomeado vigário episcopal para a Pastoral e reitor do Seminário da Diocese do Algarve, no dia 23 de março de 1989, pelo bispo D. Manuel Madureira Dias, foi pároco de várias comunidade no Algarve e arquivista do Cabido da Catedral de Faro.
Foi “o grande responsável por implementar a reestruturação pós-conciliar da Igreja algarvia”, pretendida pelo então bispo do Algarve, D. Manuel Madureira Dias, e frequentou o Curso de Atualização Teológico-Pastoral, no Instituto Superior de Pastoral da Universidade Pontifícia de Salamanca (Espanha), que terminou em 1994. O sacerdote algarvio é autor de um considerável número de cânticos para a Liturgia – entre eles alguns bastante divulgados entre nós como: Nós somos o povo do Senhor; Povo que vais ao encontro, Caminhamos para Ti, Eu vos dou um Mandamento novo, Santo é o Senhor, Aleluia, Deixo-vos a Paz, com algumas publicações e gravações editadas em Portugal, Espanha, Brasil e Itália; o músico Rão Kyao, por exemplo, elaborou trabalhos discográficos em que incluiu temas da sua autoria; o seu nome está representado na Enciclopédia da Música em Portugal, no Século XX, do Círculo de Leitores, alguns dos seus cânticos foram traduzidos e inseridos em coletâneas oficiosas, como o Cantoral Litúrgico Nacional de Espanha. Em 2017, foi o responsável pela criação da Escola de Órgão da Catedral de Faro; fundou o Coro do Conservatório Regional do Algarve, em 1973, que dirigiu até 1979, onde também lecionou a disciplina de História da Música.
Foi muito recentemente lançada uma publicação de músicas suas intitulada Meu Canto é para Ti.
Honramos a memória de alguém que procurou fazer algo pela música sacra, com a simplicidade de quem utiliza os seus próprios meios para valorizar as celebrações, nomeadamente num tempo em que a exiguidade de repertório obrigou muitos a deitar as mãos ao papel pautado. E, o que é mais importante, cumpriu a sua missão, pelo que elevamos ao céu preces para que receba do Senhor aquela mesma promessa que ele cantou um dia: “Deixo-vos a Paz; dou-vos a minha Paz”. e que, nessa mesma Paz que só Deus nos pode dar, descanse agora.
