A Liturgia como Jogo
ARTIGO INÉDITO, RESULTANTE DE SUCESSIVAS REFLEXÕES E ESTUDOS ACERCA DESTE TEMA (2018)
Jogar é divino porque o ser humano, individualmente, é incapaz de jogar da mesma forma que é incapaz de rezar. Jogar é um paradoxo ao mesmo tempo teológico e antropológico porque assinala o limite entre o divino e o humano, o limite que tem uma consistência necessariamente pública, ou seja, litúrgica: um acto a levar a cabo em conjunto, cuja verdade pertence ao conjunto dos gestos Nestas palavras podemos considerar resumida toda uma doutrina sobre a dimensão teológica do jogo, apontada já pelos filósofos gregos, de Heráclito a Platão; o filósofo Plotino considerava o homem como um brinquedo nas mãos de Deus.