“Do canto da rã ao canto do cisne”: os Animais e a Música

CONFERÊNCIA PROFERIDA NA ESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DE VIANA DO CASTELO, NO ÂMBITO DAS JORNADAS SOBRE “ANIMAIS E LITERATURA” (2001)

A linguagem comum tem expressões  positivas e lisonjeiras como “cantar que nem um rouxinol” para quem exibe uma bela voz, ao mesmo tempo que considera o intervalo mais difícil de entoar – a quarta aumentada – como o “intervalo dos burros”. Entrando pelo campo da literatura portuguesa, vem-nos à mente um Soneto dedicado ao cavalo do Conde de Sabugal por um dos poetas da “Fénix Renascida” (séc. XVIII), um poema onde a elegância do animal é descrita em termos de: “…Pois em solfas airosas suspendido, ergues em cada quadro um contraponto, fazes em cada passo um sustenido”. Este poema pode assim justificar a minha intromissão no contexto deste Colóquio sobre “Os animais na Literatura”, já que, afinal, temos alguma coisa a dizer uns aos outros.

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