“Voz de Deus e nada mais”

CONFERÊNCIA SOBRE A ACÇÃO DE FREI BARTOLOMEU DOS MÁRTIRES NO CAMPO DA MÚSICA LITÚRGICA“, PROFERIDA NO ENCONTRO DIOCESANO DE PASTORAL LITÚRGICA DE VIANA DO CASTELO (2015)

No tempo em que Frei Bartolomeu dos Mártires recebeu a sua formação, foi professor de teologia e exerceu o seu ministério pastoral, vivia-se uma das épocas mais importantes para a cultura europeia, vivia-se porventura a “idade de ouro” da música, sobretudo a destinada à liturgia. Porém, tal música nem sempre conseguiu manter-se imune ao ambiente de profanidade de que enfermava a prática religiosa e a própria liturgia, imagens aliás, da mundanidade da própria vida duma Igreja, especialmente permeável às frivolidades do ambiente permissivo da renascença como às convulsões da teologia e às inseguranças de uma espiritualidade, cambaleando entre o permissivo e o exagerado rigor. A profanidade que sempre ameaçou a arte musical sacra deriva, em grande parte, da definição pouco clara do que deverá ser uma música destinada ao culto, muito por culpa de os mesmos compositores fazerem música sacra e música profana, sem mudarem propriamente de ambiente, de estilo ou de técnica.


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